domingo, 29 de agosto de 2010

Muitos Dólares e Três Homens


A consagração de Clint Eastwood se deu em 1964. Diferentemente do que se vê hoje, Clint era um pistoleiro. Joe, seu personagem, era um pistoleiro barra-pesada que chega a uma cidade que está em guerra. Tanto vilões como mocinhos se interessam por Joe, seu potencial era incrível. Com toda essa capacidade, e um pouco de malícia, Joe percebe que pode ganhar um pouco mais de dinheiro, aceitando a proposta dos dois lados.

Joe durante quase o filme todo é um pistoleiro "sem nome", só é chamado durante o filme uma única vez por este nome, por um agente funerário.

Toda a obra, dirigida por Sergio Leone, permitiu o surgimento de outros filmes, criando uma trilogia conhecida como Trilogia dos Dólares (Por Um Punhado de Dólares, Por Um Punhado de dólares a Mais e Três Homens em Conflito), que se desenrolou de 1964 a 1966. Desenrola-se em uma remota cidadela mexicana chamada San MIguel, dividida entre dois grupos rivais, os Rojo e os Baxter.

Sem nome serve apenas aos seus próprios interesses, algo com que as pessoas teriam que se acostumar até os dois filmes seguintes. O velho oeste está "esquecido por Deus" e quem tem um revólver em mãos é detentor da "palavra sagrada", usando-a como bem entender.

O melhor momento do filme (e talvez o melhor close de toda esta trilogia) é precisamente quando o personagem de Eastwood revela a Ramón, um pistoleiro do grupo dos Rojo, o segredo da sua aparente invulnerabilidade. Com uma imagem, um movimento, Leone consegue o que certos diretores não atingem em toda carreira, e que, em síntese, é a razão de existir do cinema: despertar uma pilha de emoções.

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