domingo, 29 de agosto de 2010

Vingança


Eis o prato principal de todo faroeste. O ambiente soturno e sobrenatural despertam a atenção. Em Django, o protagonista não tenta vingar a morte de um familiar ou amigo, mas sim a sua própria morte. Deambula comoum espirito desassossegado que volta para se vingar para finalmente conseguir encontrar paz e repouso após o sucesso de sua missão.

Django foi reencarnado num espírito fantasmagórico, quase desprovido de emoções.

A presença de símbolos religiosos, o papel feminino diretamente ligado à ganância, oportunismo, ao viver de aparências e à loucura extrema de um dos vilões que, embora subestimado pela maioria, foi o mais implacável, inteligente, sagaz e perigoso de todos.

Ao longo do filme ficamos com a ideia que o protagonista é realmente um ser sobrenatural e não o único sobrevivente do massacre. Isso deve-se muito à forma misteriosa como Django desaparece e reaparece sem explicação plausível e ao bem conseguido jogo entre imagens e música.

Vendetta!!!

Frases-bordào como "Sou um demônio vindo do inferno" ou "Não viveremos para sempre", atestam a personalidade de Django. O filme, por muitos é considerado um dos 10 melhores do gênero, outros não pensam assim, o colocam em um meio termo do tipo: não é um escabro de tiroteios aleatórios e violência sem nexo, nem um filme com brilho fantástico.

Em suma, “Django il bastardo” é um filme que cumpre os objetivos, longe de ser uma obra deslumbrante. Os fãs de Anthony Steffen vão gostar porque, como sabem, o homem fala com o colt e não dá asas a paleio desnecessário.

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